Olha-me

Photo by Andy Holmes on Unsplash

Olha-me devagar e me enxerga, esse rosto que vês agora talvez não mais se repita, eu mudo, eu sempre mudei, levo em cada olhar uma história que não se repete, uma vida que não se retorna, um sorriso triste de uma nova partida, eu, tão longe do mundo, das histórias que construí, dos mundos em que eu salvei, não só a mim, mas a tantos outros ao meu redor.

Olha-me com cuidado, não me temas, não sou monstro, sou apenas parte desse cosmos, eu me pinto de formas diferentes como Van Gogh às estrelas, não sou bom com descrições e muito vago em vários aspectos, eu sinto a dor e a tristeza que emana dos meus olhos quando no conforto do meu canto eu me permito chorar, sou constelação distante, mas tão perto de ti.

Olha-me como eu te olho, sinta a verdade que lhe transmito, poderia mentir e me esconder, mas não vejo razão nenhuma para o fazer, seria bobagem tentar, eu falho repetidamente em guardar coisas para mim, seria mil vezes mais falho em guardar coisas de ti, sou como o furacão que não derruba sua casa, mas deixa as estruturas todas decadentes, eu sempre ajudo a reconstruir, mais como um remorso do que como dever, eu sou aquela noite escura que as pessoas tem medo de atravessar, mas repito que não sou monstro nem nada a ser temido, sou apenas eu, um infinito que começa em mim, mas ninguém sabe onde irá terminar.

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