Nostalgias


Esses dias eu fiquei bem saudosa, nostalgias boas vieram de passagem, saudades de tempos vindouros onde meu colo era abrigo e meu beijo era sinal de proteção, saudades de quando eu curava os ralados com palavras como "não doeu" ou "não foi nada", saudades do tempo em que o aconchego era uma cama cheia de um sono transbordando. Mas, eu reparei que, por mais que a saudade machuque, por mais que ela tenda a sempre nos arrancar lágrimas, ela nos ensina a valorizar os tempos que passamos ao lado de quem nos cerca.

Eu vejo minha companheira saudade, de mãos dadas com o tempo, dentes de leite já não caem mais, escuros não são mais tão amedrontadores, o beijo de bom dia ou boa noite vai ficando pra depois, sem saber que o depois talvez não chegue, as horas ficam mais curtas, os deveres mais longos, os abraços menos demorados e sorrisos mais escassos, e nós nos encaramos, a saudade e eu, ela me olha com aquela cara de " Eu avisei que era pra aproveitar", porque depois que passa, você quer voltar, e não resta nada além de fotos numa gaveta antiga que o tempo vai corroer, e nós seguimos em frente.

Nostalgias, momentos em que o peito quis descansar, eu abri a porta lentamente esperando por esse momento, em que a saudade chega de mala e cuia para ficar, o que tem por dentro vai saindo e se espalhando pela casa que não tá mais tão cheia, e antes que o dia amanheça, lá vamos nós de novo, entre lágrimas e sorrisos, entre carências e agradecimentos, esperando que essas lembranças não se percam de nós.
Eita, saudade!

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