Às vezes eu não sei dizer sobre meus versos, nem sobre as vezes que eu não sei quem sou, nem sobre os momentos em que a solidão se apossa dessa mente calejada pelo tempo e que visita passados e presentes que não lhe pertencem.
Às vezes eu não sei expressar o que me causa ver suas asas presas pelo mundo que poda seus sonhos mais vÃvidos por medo de te ver crescer e nesse emaranhado de histórias que eu nem sempre vivo, meu eu se dispersa tentando entender o que ainda me faz estar aqui, no meio desse caos tão sem porquês ou razões aparentes.
Às vezes eu sigo pegadas na areia torcendo para achar o caminho para casa, e sinto a lágrima cair solitária quando o caminho chega ao fim sem me levar ao destino, e às vezes eu escrevo palavras tão sem sentido que espero, em algum momento, tornarem-se guias de outros caminhos.